Portfólio Enfermagem em Centro-Cirúrgico
Curso: Enfermagem
Semestre: 7° flex / 8° reg
A proposta de Produção Textual Interdisciplinar em Grupo (PTG) terá como temática
“Enfermagem em Centro-Cirúrgico”. Escolhemos esta temática para possibilitar a aprendizagem
interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas deste semestre.
Neste trabalho vocês desenvolverão um texto argumentativo que deve contemplar as
indagações do roteiro de conteúdos sobre a situação geradora de aprendizagem (SGA) proposta.
Para tanto, a seguir apresentamos as orientações:
Situação Geradora de Aprendizagem (SGA)
A Central de Material e Esterilização (CME) é um setor onde a assistência de enfermagem é prestada
indiretamente ao cliente, porém não menos importante que a assistência direta, pois é responsável
pelo preparo, processamento, estoque e distribuição dos artigos médico-cirúrgicos e equipamentos
necessários para a assistência ao paciente. No Hospital São Lucas a CME é agregada ao Centro
Cirúrgico (C.C), sob a responsabilidade de um único enfermeiro, o que gera bastante desgaste e
problemas ao processo gerencial, posto que o trabalho desenvolvido nos ambientes é bastante
distinto um do outro. Jonas, por ser o enfermeiro responsável pelo C.C e CME precisa escolher
adequadamente tanto os recursos materiais quanto os humanos, bem como a seleção e o
treinamento de pessoal levando-se em conta o perfil do setor. Além disso, ele é o responsável por
atividades de coordenação, orientação e supervisão de todas as etapas do reprocessamento dos
produtos e estabelecimento de interfaces com as unidades consumidoras. No entanto, Jonas, por
liderar os dois setores, precisa continuar mantendo excelentes resultados na assistência e por isso
vem aumentando constantemente as exigências de toda a equipe. Todo mês é a mesma reclamação:
a escala muda, os funcionários são realocados e não são avisados sobre tal. Muitos afirmam que o
sentimento frente a isso é de descaso com a equipe, ou seja, que Jonas não se importa com a opinião
ou vontade da equipe. Além do exposto, o trabalho da CME segue um ritmo acelerado, com
exigências físicas e mentais, exposição a riscos químicos, físicos e biológicos, espaço físico muita das
vezes desfavorável. Todos esses fatores geram desgaste, ansiedade e medo, comprometendo não só
a saúde dos colaboradores como a qualidade do serviço. O fato é que no último plantão os dois
setores tiveram intercorrências, na CME uma colaboradora se perfurou ao manipular um material
perfuro cortante acondicionado de maneira inadequada, configurando acidente de trabalho e no CC:
na sala de recuperação anestésica, um paciente da equipe de neurocirurgia caiu do leito enquanto a
técnica de enfermagem que estava ao lado mexia no celular no exato momento, além de duas
cirurgias canceladas por falta de materiais, causando irritação por parte das equipes médicas
envolvidas. O médico responsável pelo paciente que apresentou queda do leito, ao saber do ocorrido
procurou Jonas e usou palavras duras a respeito de seu trabalho e de sua equipe, desqualificando-os
de maneira bastante desrespeitosa e na frente de todos, inclusive de alguns pacientes. Momentos
PRODUÇÃO TEXTUAL
INTERDISCIPLINAR
EM GRUPO – PTG
depois, Jonas começou a queixar-se de falta de ar, palpitações, sudorese, tremores e fortes dores no
peito, segundo ele a sensação de morte. Vendo a situação, a alguns colegas da equipe de Jonas
encaminharam-no ao Pronto-Socorro, onde realizaram o atendimento compreendido pela
solicitação de diversos exames, e a hipótese inicial de Acidente Vascular Encefálico (AVE) foi
descartada.
ROTEIRO DE CONTEÚDOS
Após a leitura da situação-problema o desafio está lançado.
Respondam os desafios propostos articulando-os em um relatório final.
Para isso, busque soluções para os problemas apresentados, mas, lembre-se de que TODOS os
desafios propostos devem ser respondidos fazendo articulações com a SGA. Logo, é fundamental
apresentar poder argumentativo e boa fundamentação das justificativas.
DESAFIO 1: O ataque de pânico, decorrente do transtorno do pânico, é considerado uma das
principais causas de emergência psiquiátricas em unidades de pronto atendimento. Seus sintomas
muitas vezes se confundem com as manifestações de doenças orgânicas, como as doenças
pulmonares e cardiovasculares, por exemplo. Além disso, a maioria dos casos demoram a ser
diagnosticados corretamente, levando a um desenvolvimento crônico e incapacitante da doença.
Dessa forma, o conhecimento a respeito desse quadro permite uma correta avaliação, bem como o
encaminhamento precoce a serviços especializados na atenção primária a saúde. Nesse sentido,
descreva como deve ser realizada a avaliação inicial de Jonas no pronto socorro, e qual a rede de
apoio na atenção primária para seu acompanhamento.
DESAFIO 2: Percebemos na nossa SGA que o motivo do conflito entre os membros da equipe foi a
falta de materiais que deveriam ser utilizados durante o ato cirúrgico. A falta de materiais e
equipamentos no centro cirúrgico acontece rotineiramente no cotidiano, variando desde os mais
simples até os mais complexos, como próteses e órteses. O gerenciamento de materiais tem como
finalidade suprir os recursos materiais necessários para a organização de saúde, com qualidade, em
quantidades adequadas, no tempo certo e, sobretudo, ao menor custo. Nesse sentido, atualmente,
esse gerenciamento compõe uma das atribuições do enfermeiro nas Unidades Hospitalares. Agora é
sua vez! Descreva as atribuições do enfermeiro responsável pelo gerenciamento de recursos
materiais nas unidades de Centro Cirúrgico e como ele poderá realizar essa gestão de forma eficiente.
DESAFIO 3: O centro cirúrgico é considerado um setor complexo devido sua especificidade, além de
ser um setor restrito que impõe à equipe de saúde momentos estressantes ao lidar com aspectos
referentes à habilidade técnica, recursos materiais e relacionamento interpessoal. Sobre as relações
interpessoais, estas podem ser consideradas ‘instrumentos de trabalho’ e quando há conflito podem
acarretar distanciamento entre as pessoas, podendo afetar diretamente o cuidado. A SGA apresenta
diversos elementos estressores, capazes de promover conflitos, além de um estilo de liderança
aparentemente arbitrário. Diante do exposto, responda:
– De acordo com a SGA, descreva e caracterize o estilo de liderança do enfermeiro Jonas (Laissez-
faire, Autoritário, Democrático ou Situacional).
– Diante do ocorrido, um assunto que merece destaque é a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT).
Com base nisso, Marziale e Dantas (2011) correlacionam a QVT à compreensão do trabalho em três
diferentes níveis: a) Primeiro nível: relaciona-se ao contexto externo do trabalho; b) Segundo nível:
compreende o contexto organizacional do trabalho e c) Terceiro nível: consiste no contexto do
trabalho propriamente dito. Faça uma reflexão a partir do que foi descrito na situação-problema e
explique quais níveis estão deficitários e podem ter contribuído com o ataque de pânico apresentado
por Jonas.