Portfólio Da escola para vida: expandindo as práticas inclusivas
Curso: Educação Especial
Semestre: 2°
A proposta de Produção Textual Interdisciplinar Individual (PTI) terá como temática “Da
escola para vida: expandindo as práticas inclusivas”. Escolhemos esta temática para possibilitar a
reflexão sobre a importância da relação entre a escola e a sociedade, bem como, refletir sobre
estratégias metodológicas que promovam a inclusão não somente no contexto escolar, mas na
sociedade como um todo. Assim, definir a Inclusão como ponto central deste projeto, ocorre devido
ao reconhecimento da sua grande aplicabilidade na sociedade contemporânea que valoriza a
diversidade de indivíduos e de grupos sociais sem qualquer preconceito, e que seja capaz “[…] de
exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação fazendo-se respeitar e
promovendo o respeito com acolhimento e valorização.” (BNCC, 2017).
(BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de
Educação Básica, 2017).
Educar para uma sociedade realmente inclusiva, pressupõe refletir, analisar e compreender
uma complexa realidade presente no contexto escolar. Educadores e alunos expõem no cotidiano a
fragilidade frente ao convívio com a diferença no outro, que podem ser percebidos nas relações, nas
interações, nas falas, nos olhares, na emissão de opiniões ou omissão delas. Para Salles e Silva (2008)
a sociedade estabelece critérios para categorizar os indivíduos dentro daquilo que considera comum
e natural para determinado grupo. A fixação da idealização do que o outro deve ser ressalta e
estabelece a diferença como um problema social que “assusta e incomoda”.
Salles e Silva pontuam que embora seja a sociedade que, querendo ou não, educa
moralmente seus membros, a família, os meios de comunicação, o convívio com outras pessoas e a
escola possuem uma influência marcante. Portanto, nós educadores precisamos estar cientes e aptos
para exercer com responsabilidade nosso papel na construção da sociedade inclusiva que tanto
almejamos.
(Salles, L. M. F., & Silva, J. M. A. P. E. Diferenças, preconceitos e violência no âmbito escolar: algumas reflexões.
Cadernos de Educação, 1(30), 149-166. 2008)
Dentre os recursos disponíveis para a elaboração de estratégias metodológicas que
enriquecem o trabalho com os alunos, inclusive na formação de uma sociedade inclusiva, não
podemos deixar de elencar a tecnologia. Morán (2015) orienta aos professores diversifiquem a
utilização destes recursos proporcionando a experimentação, a vivência, a construção da
aprendizagem individual e/ou colaborativa possibilitando até mesmo que os alunos sejam
multiplicadores do conhecimento junto aos seus familiares e sociedade através da tecnologia.
(MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. Convergências midiáticas, educação e
cidadania: aproximações jovens. v.II. Ponta Grossa: UEPG, 2015).
CONTEXTUALIZAÇÃO
Leitura e interpretação da SGA
Reconhecer a importância da escola dentro da sociedade oportuniza muitas reflexões. Não
há como almejar uma sociedade inclusiva se a escola não for inclusiva. Incluir não é tolerar! Incluir é
respeitar, aceitar, valorizar, não só o público-alvo da Educação Especial, mas também aquele
indivíduo que pensa, decide e age diferente de mim, de você ou do outro. É em busca desta
conscientização que apresentamos a Situação Geradora da Aprendizagem.
Situação Geradora de Aprendizagem (SGA)
Na escola estadual “Dom João VI”, a pedagoga Marta solicitou uma reunião com os
professores do primeiro ano do Ensino Médio para tratar de um assunto muito importante. Esta é
uma turma de 38 alunos, bem heterogênea e que está apresentando alguns problemas relacionados
a falta de aceitação do próximo, com atitudes preconceituosas. Marta lembrou aos professores que
nesta turma estão: Carlos (surdo usuário da Libras), Abdul (refugiado vindo do Senegal com os avós),
Bruno (diagnosticado com TEA) e Clara e Jaqueline que assumiram recentemente sua relação
homoafetiva além de alguns alunos que sempre estudaram em escola privada, mas em virtude de
problemas econômicos das famílias durante a pandemia, precisaram optar pela escola pública.
Durante este ano, as aulas nesta escola estão acontecendo no formato híbrido, por isto nem
todos os professores tinham conhecimento das especificidades desta turma. Após o relato dos
próprios alunos e de alguns familiares, Marta percebeu a necessidade de que a escola se posicione
contra o preconceito. Para tanto, solicitou sugestões aos professores. Depois de um curto período
de silêncio, o professor Roger propôs: já que temos dois dias de aulas para repor, por que não
realizamos dois encontros virtuais para tratarmos deste tema? O primeiro encontro faremos apenas
com os alunos e para o segundo encontro convidaremos alunos e seus familiares para participarem.
Todos gostaram da proposta e as ideias começaram a fluir: apresentar momentos de debates,
realizar atividades usando a tecnologia, com uso de plataformas inovadoras e/ou aplicativos, abordar
alguns conteúdos de forma interdisciplinar, conhecer, na medida do possível, as histórias de vida
destes alunos.
Situação-problema (SP)
Considerando a adesão unânime dos professores, a pedagoga Marta solicitou ao grupo de
docentes que produzissem um projeto com o detalhamento das atividades a serem realizadas nestes
dois encontros, especificando os conteúdos a serem abordados, as estratégias metodológicas, os
recursos que serão utilizados, bem como os objetivos a serem alcançados. O professor Roger se
prontificou para realizar um levantamento de informações que contemplem o tripé Escola & Inclusão
& Sociedade. A partir das informações coletadas, ele produzirá um texto para embasar a execução
do projeto, a seleção de atividades e a organização do cronograma. Logicamente todos os
professores deverão colaborar para que a interdisciplinaridade também seja contemplada.
Agora, é com você!
Coloque-se no lugar de Roger e elabore um projeto para trabalhar a temática “Da escola para
vida: expandindo as práticas inclusivas” junto aos alunos e seus familiares.
ORIENTAÇÕES PARA A EXECUÇÃO DO TRABALHO
Após análise da situação-problema, você deverá:
1) Ler os textos indicados:
Texto 1: Diferenças, preconceitos e violência no âmbito escolar
Salles, L. M. F., & Silva, J. M. A. P. E. Diferenças, preconceitos e violência no âmbito escolar: algumas
reflexões. Cadernos de Educação, 1(30), 149-166, 2008.
Texto 2: Mudando a educação com metodologias ativas
MORÁN, J. Mudando a educação com metodologias ativas. Convergências midiáticas, educação e cidadania:
aproximações jovens. v.II. Ponta Grossa: UEPG, 2015.
Texto 3: A tecnologia no espaço escolar: processos de inclusão/exclusão social e digital
MARCELO, T. N.; SILVA, G. L. B. A tecnologia no espaço escolar: processos de inclusão/exclusão social e
digital: X Simpósio Educação e Sociedade Contemporânea: desafios e propostas, Universidade do Rio de
Janeiro – UERJ, 2016.
2) Elaborar a introdução da produção textual. Neste tópico, você deverá redigir, com até uma
página, uma apresentação sobre o que será realizado no trabalho, além de expor a importância de
sua realização.
3) Desenvolvimento da produção textual. Nesta parte, você deverá elaborar o projeto
conforme a demanda apresentada na situação-problema, apresentando os seguintes itens:
Objetivos Elenque três objetivos para o projeto, os quais
deverão atender as necessidades de refletir
sobre a inclusão na escola.
Justificativa Relate porque este projeto é relevante para a
escola e para a sociedade.
Conteúdos Explore os aspectos e conceitos de Educação
Especial, Educação Inclusiva e Inclusão Social.
Descreva sobre o tripé Escola & Inclusão &
Sociedade.
Estratégias Aponte quais serão as ações realizadas para o
desenvolvimento do projeto. Como se darão os
encontros virtuais? Quais atividades serão
desenvolvidas e como contemplarão os alunos
com necessidades educacionais especiais
durante estes momentos? Que recursos
tecnológicos usarão durante os encontros? Qual
a duração de cada encontro? Quanto tempo, em
média, para cada atividade? Você pode colocar
um print da atividade que preparou. (O
tamanho das imagens também deve seguir as
normas da ABNT).
OBS.: Para os recursos tecnológicos há plataformas e aplicativos que podem ser utilizados para
preparar gincanas, quizz, jogos de memória, palavras cruzadas, textos colaborativos. Algumas
sugestões que podem ser encontradas disponíveis na internet são “Kahoot”, “Wordwall”,
“Jamboard”, “Mentimeter”, “Google Meet”, “Zoom.us”, “Wordart”, “Canva”, entre outros. Fique
atento que estes recursos podem apresentar versões free (gratuitas) e versões pagas.
4) Elaborar as considerações finais do trabalho. Nesta etapa, você deve sintetizar as
considerações sobre o trabalho realizado e manifestar suas opiniões sobre o assunto trabalhado.
Apresentar também as contribuições que o trabalho trouxe para o seu aprendizado. Pode pontuar
também os percalços, ou seja, as dificuldades que você possa ter encontrado na realização desta
atividade.
5) Referências: colocar a listagem das fontes teóricas citadas ao longo das seções (livros,
revistas, sites, jornais, vídeos, entrevistas etc.). A listagem deve ser apresentada em ordem alfabética,
obedecendo às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Citar apenas as
referências utilizadas, seguindo, por exemplo, os modelos a seguir:
SOBRENOME, Nome do autor. Título da obra. Cidade: Editora, 2020.
SOBRENOME, Nome do autor. Título do capítulo de livro. In: SOBRENOME, Nome do autor (Org.). Título da
obra. Cidade: Editora, 2020.
SOBRENOME, Nome do autor. Título do artigo. Nome da revista, Cidade, v.1, n. 1, p. 1-10, jan. 2020.
SOBRENOME, Nome do autor. Título do texto. Disponível em: www.google.br. Acesso em: 15 jun. 2020.